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Educação Clássica: o estudo que Tolkien teve e que nós perdemos!

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by Eduardo Stark

Que a educação brasileira se encontra entre os mais baixos índices no mundo não é novidade para ninguém. Muitos professores, desesperançados, acreditam que a tendência é piorar ainda mais, chegando a um ponto insustentável. Alguns estudiosos já começam a dizer que a educação como está sendo feita prejudica a vida das pessoas. Mas como se chegou a esse nível?

Se você conhece alguma pessoa mais idosa que teve seus estudos iniciais antes da década de 80 do século XX provavelmente ele irá dizer que: “naquela época a educação era boa nas escolas públicas” ou algo nesse sentido. Acontece que essa impressão surge pelo fato de se comparar a escola atual com aquela escola que estava já em decadência. Antes da escola de nossos avós existia uma educação que nós não tivemos acesso e que nossos avós viram os últimos suspiros.

O curioso é que essa educação “antiga” foi a que educou os maiores nomes da história da humanidade no ocidente. Eles tiveram acesso e usaram seus valores em suas vidas e obras. Pense em nomes de grandes pessoas antes de 1920 e provavelmente elas terão algo em comum: A Educação clássica.

A lista de nomes conhecidos que tiveram esse tipo de educação é gigante e impossível de elencar todos aqui. Mas apenas para se ter uma ideia pense em:  Galileu, Shakespeare, Charles Darwin, Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Martinho Lutero, G.K. Chesterton, Lewis Carrol, C.S. Lewis, e especialmente o nosso querido John Ronald Reuel Tolkien.

O professor Tolkien viveu em uma época que as coisas estavam mudando com uma rapidez incompreensível. O século XX foi o período que grandes mudanças foram realizadas em todos os campos da vida do homem comum. A tecnologia avançou rapidamente, a mentalidade geral foi alterada e tudo o que o Tolkien havia estudado, e que ele gostava muito, parecia ser algo tão distante e desprezado por qualquer pessoa que se dizia moderna. Tolkien se sentia como alguém inadequado ao seu tempo.

Tolkien foi um professor de Oxford e outras universidades. Ele era visto com certo preconceito por partes de seus colegas professores por ser católico em um país predominante anglicano. Além disso, ele não era apenas um católico simples, na verdade era um medievalista e estudioso de obras clássicas. Isso o colocava quase que automaticamente no rol de “dinossauros de Oxford”.  Não por acaso que Tolkien chegou a afirmar o seguinte:

 “Nascemos numa era de trevas e fora do (nosso) devido tempo. Mas existe o seguinte consolo: se assim fosse, não conheceríamos, ou não amaríamos tanto, aquilo que amamos. Imagino que o peixe fora da água seja o único peixe a pressentir a água” (Carta 52, para Christopher Tolkien, 9 de novembro de 1943).

Antes de Tolkien se aposentar como professor em 1959, havia a tendência entre os universitários em aderir a ideias recém vindas do iluminismo e as novas de Freud e Karl Marx e outros modernos. Isso trouxe implicações diretas no meio de convívio de Tolkien. As universidades passavam por reformas constantes de suas grades curriculares e debates intermináveis eram feitos com a finalidade de revolucionar a educação. E nesses ciclos de debates o Tolkien apresentava suas ideias e as defendia com convicção. Contudo, atualmente quem é mais reconhecido por esse enfrentamento de ideias é o C.S. Lewis. Lewis foi um grande amigo do Tolkien e junto com ele foi também um grande crítico das mudanças na educação.

Do que trata a educação clássica

É complicado resumir o que esse grande patrimônio intelectual pode tratar. Mas em princípio a educação clássica está relacionada a constante busca pela verdade que todo ser humano tem. A admiração ou espanto em relação a nossa realidade faz com que busquemos entender as coisas e para que isso seja feito de uma forma interessante é necessário ferramentas intelectuais.

Se a busca pela verdade é algo que está em todos os seres humanos. Logo, é necessário que haja uma liberdade de pensamento para que as pessoas possam desenvolver seus raciocínios. Porém, para que essa liberdade seja proporcionada é necessário que se aprenda a justamente raciocinar ao seu modo. É nesse ponto que a Educação Clássica também é chamada de Educação Liberal, pois ela tem como um de seus objetivos proporcionar a capacidade de emancipação intelectual e individual.

Essa busca pela sabedoria é tão antiga quanto o próprio ser humano.  Com os filósofos gregos antigos a base de nossas ideias ocidentais foram sendo desenvolvidas até os moldes atuais. É nesse ponto que começa o estudo da educação clássica: uma busca por entender o que as melhores mentes passadas trataram sobre determinados assuntos de importância universal. Afinal, se grandes homens pensaram sobre determinado assunto é de se notar o que eles disseram.

A educação clássica está relacionada a aprender as ferramentas intelectuais para a busca da verdade e as ideias dos grandes pensadores anteriores.

Além disso, existe também o aspecto de proteção civilizacional. Sempre que um novo ser humano nasce ele está sem ideias formadas em sua complexidade. A cada nova vida tudo se inicia e a criança vem com a sua inocência ao mundo. Dessa forma, cabe à sociedade e a família proporcionar ao novo ser tudo aquilo que irá lhe dar o status de pessoa humana.

Essa ideia de herança cultural e intelectual é o que nos torna diferentes dos animais.  Um gato ao nascer é apenas um gato e o que ele aprender com ele (se for possível) não será transmitido aos seus filhotes. Dessa forma, toda vez que nascer um gato tudo será novamente refeito do início. Com o ser humano há a possibilidade de continuarmos ou mesmo herdar aquilo que nossos antepassados nos legaram. Se fossemos como os gatos haveria ainda uma forma primitiva de civilização e os avanços seriam quase impossíveis.

Em um claro conceito do que seria Educação Clássica, Mark Cotlin, editor da Classical Teaching Magazine e diretor da Classical Latin School Association, apresenta o seguinte:

Educação Clássica é o cultivo da sabedoria e virtude através do estudo dos Grandes Livros e as Artes Liberais com a finalidade de transmitir e preservar a Civilização Ocidental.

Os Grandes Livros são aqueles livros considerados clássicos na história e que tiveram papéis de relevância nos assuntos de âmbito intelectual. A educação clássica implica em ler os clássicos um por um e examinar as ideias dos pensadores anteriores e confrontar com suas ideias, debater e tirar conclusões sobre esses livros. A escolha da leitura das obras tem inicio normalmente em ordem cronológica, iniciando pelos gregos antigos Homero, Platão, Aristóteles e passando por vários autores ao longo dos últimos dois mil anos, chegando aos mais recentes como Karl Marx, Freud, Einstein e outros. Com a leitura das obras na sua fonte o individuo pode formar suas próprias conclusões usando suas ferramentas intelectuais das artes liberais.

As Artes Liberais são as disciplinas que possibilitam entender o mundo. Está dividida em dois grupos: o Trivium (gramática, lógica e retórica) e o Quadrivium (Geometria, Aritmética, Música e Astronomia). Com o conhecimento dessas disciplinas o estudante passa a saber lidar com a comunicação e como entender as formas do mundo e pode agora passar aos estudos mais específicos ou mesmo seguir alguma carreira profissional.

O que isso tem a ver com J.R.R. Tolkien?

Seria muito complicado resumir a quantidade de referências a obras clássicas que Tolkien colocou em suas obras. Pois as obras estão cheias e impregnadas de tudo relacionado a filosofia, teologia, literatura e outros ramos.  

Inicialmente, o autor aprendeu com sua mãe ensinamentos de línguas, lógica e literatura. E depois desenvolveu os estudos clássicos na escola King’s Edward. O fato de Tolkien ter sido criado por um padre jesuíta após a morte de sua mãe implicou em um estudo teológico completo. Tendo uma leitura dos bons autores gregos e os livros de Patrística, Escolástica e vida dos santos medievais da Igreja Católica.

As obras do Tolkien estão cheias de referências a Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino. Especialmente em O Silmarillion há claras referências a esses filósofos.  A tese de P.H.D em filosofia de Jonathan S. Mcintosh para a University of Dallas, Texas em 2009, se tornou um livro de referência quanto a apontar e explicar essas influências nas obras do Tolkien. A tese se tornou o livro intitulado “The Flame Imperishable: Tolkien St. Thomas and the Metaphysics of Faërie” publicado pela editora Angelico Press em 2017.

The Flame Imperishable

O primeiro gosto literário pelos épicos surgiu com a leitura de Homero. Conforme Tolkien afirmou: “Fui educado nos Clássicos, e descobri pela primeira vez a sensação do prazer literário em Homero” (Carta 147, para Robert Murray, 2 de dezembro de 1953). Em diversas cartas ele menciona os livros clássicos e os comentava com seus amigos. O fato de ser professor de Oxford implicava em ler atentamente as obras da antiguidade e medieval.

As línguas antigas é outro aspecto da educação clássica que foi usado por Tolkien. Para os elfos o autor desenvolveu várias línguas artificiais e usou como uma das fontes o Latim para o élfico Quenya. Diversos textos do latim foram traduzidos para o Quenya e a estrutura gramatical teve forte influência a ponto de se considerar o Quenya como o “latim dos elfos”.

Além de todas as influências colocadas na obra, há claras referências a noções que são vindas da educação clássica. A ideia de que se deve preservar a cultura e os ensinamentos dos antepassados é recorrente em O Senhor dos Anéis em várias citações dos personagens. Os heróis em o Senhor dos Anéis são aqueles que preservam sua cultura diante de ameaça de destruição total. Aragorn era um grande erudito e também Faramir, Frodo e Bilbo. Os protagonistas entendem de história e ideias do seu mundo, ao passo que outros coadjuvantes nem sempre preservam a cultura. Essa noção foi bastante reduzida nos filmes e incomodou Christopher Tolkien, filho do autor do Hobbit, que criticou os filmes por reduzir os aspectos filosóficos.

Esse temor estava presente entre os europeus na idade média, que constantemente se viam ameaçados por invasões de povos bárbaros e islâmicos. Preservar os ensinamentos dos antepassados era um ato de resistência propriamente. Foi dentro desse e outros aspectos que a Educação Clássica se consolidou. Preservar o conhecimento era vital para se evitar declínio e perca do acumulo do saber anterior. Em tempos mais recentes, com a ameaça de destruição total da humanidade com a Bomba Atômica em 1945, esse sentimento voltou em todo o mundo. A possibilidade de que cidades inteiras poderiam virar poeira trouxe o temor de que a cultura e tudo o que foi construído até aqui fosse perdido e o ser humano retornaria ao início de tudo. Contudo, mesmo diante dessa ameaça, o ensino clássico foi negligenciado por muito tempo.

Apontar todas as referências a obras clássicas e as ideias de educação clássica colocadas nas obras do Tolkien demandaria um trabalho de muitas laudas, mas talvez possa se ter uma noção com os pontos apresentados acima. Mas basta deixar claro que essa foi a educação que ele teve quando jovem e que usou vários elementos em sua vida adulta como profissional e especialmente em suas obras. Se o bom leitor de Tolkien realmente pretende entender as obras com toda a profundidade que ela exige é uma necessidade estudar os clássicos.

Além de ser um defensor da Educação Clássica, Tolkien teve como amiga pessoal Dorothy Sayers que desenvolveu um importante papel na Educação Clássica, como será visto adiante.

 

Origem, declínio e renascer da educação clássica

A educação clássica é muito antiga e suas origens precisas são incertas, mas pode-se dizer que sua formação teve inicio com os gregos antigos e foi sendo aprimorada na Idade Média.

A importância educacional se fortaleceu com o período de governança de Carlos Magno (768-814), rei dos francos que se tornou imperador e dominante sobre quase toda a Europa. Carlos Magno pretendia restaurar as bases do antigo Império Romano Cristão e tratou de valorizar a educação de jovens com base nas artes liberais. Algumas pessoas costumam comparar o personagem Aragorn com a figura real do Carlos Magno…

Com o surgimento das primeiras Universidades pela Europa fundadas pela Igreja Católica, a educação clássica foi fundamental na estrutura curricular. A própria Universidade de Oxford, onde o Tolkien foi professor, é uma das mais antigas instituições de ensino da Europa tendo quase mil anos de existência.

A educação clássica foi utilizada ao longo de vários séculos. Havia várias reformas e criticas Durante o período pós-idade média. Até que os intelectuais do movimento iluminista passaram a criticar essa forma de ensino e apontar novos meios de educação. Com isso, novas ideias foram sendo desenvolvidas com a pretensão de especialmente desvincular a educação de qualquer ligação com a antiguidade e a idade média, retirando o ensino cristão. Alguns cursos mantiveram a educação clássica, porém se retirava da lista de livros os autores cristãos. Dessa forma havia um estudo dos gregos antigos e ao se chegar no período inicial da idade média havia um silêncio bibliográfico e a leitura passava a recomeçar em Maquiavel no período moderno.

A adoção das ideias iluministas e a repercussão da Revolução Francesa moldaram o pensamento contemporâneo e isso foi sendo colocado também nas escolas. Até que no final do século XIX e início do século XX grande parte do ensino havia abandonado a educação clássica que havia produzido centenas de grandes nomes.

Cardeal Newman

Ainda na metade do século XIX, John Henry Newman, que era um sacerdote e acadêmico, defendia que a educação clássica precisava ser preservada. Newman chegou a atingir altos postos no clero anglicano e depois acabou se convertendo ao Catolicismo, se tornando cardeal e importante figura do “Movimento de Oxford”. Fundou várias Igrejas por todo o Reino Unido, dentre eles o oratório de Birmingham, onde o tutor do Tolkien Pe. Francis Morgan operava como sacerdote no final do século XIX. As ideias de Newman passadas ao Pe. Francis Morgan certamente chegaram ao escritor do Hobbit e O Senhor dos Anéis.

O abandono da Educação Clássica se acentuou com início da Primeira Guerra Mundial. O mundo estava em tempos de alto pragmatismo e os reformadores aproveitaram o momento para mudar o ensino. Foi assim que no início do século XX as primeiras escolas como conhecemos atualmente surgiram.

A reação dessas mudanças educacionais, especialmente nos Estados Unidos, começaram nas Universidade de Columbia e  Universidade de Chicago. Onde os professores Mark van Doren, Robert Hutchins e Mortimer J. Adler defendiam a educação clássica e a leitura dos Grandes Livros. Fruto desse movimento é que surgiu a Irmã Miriam Joseph, como defensora do ensino clássico e do Trivium em 1937. Os métodos educacionais foram aplicados em âmbito católico nos Estados Unidos. Enquanto Mortimer Adler e Robert Hutchins ao longo do século XX promoveram a Enciclopédia Britânica e a coleção de Grandes Livros da Civilização Ocidental.

Livro sobre o Trivium da editora É realizações.

Os regimes autoritários do século XX (nazismo, socialismo, fascismo) apresentaram um novo modelo educacional (usando vários modelos do iluminismo e Educação Moderna) onde os jovens eram constantemente testados pelo professor e os ensinamentos eram voltados com a finalidade política. O questionamento e a busca individual pelo conhecimento eram substituídos pela coletivização da classe escolar. E o professor era a autoridade inquestionável por ser o representante do Estado e das ideias defendidas por seus líderes. Nesses regimes as escolas que ainda utilizavam formas da educação clássica eram rapidamente eliminadas.

É justamente nesse ponto que se faz a clara diferença entre a Educação Clássica e a Educação Moderna. Na Educação Clássica se busca a investigação da verdade e o constante questionamento e aprofundamento dos temas. Enquanto que na Educação Moderna são apenas passadas informações prontas pelo professor em sala de aula, sendo o estudante testado se memorizou tais informações. Na Educação Moderna não se busca a emancipação individual e o melhoramento como pessoa, o jovem se torna uma máquina de informações, mas não consegue entender ou concluir raciocínios e pensar por si mesmo.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial havia esperanças de inovações nas escolas. Porém, a Educação Clássica não parecia ser levada em consideração, uma vez que a UNESCO apresentava (e ainda apresenta) ideias educacionais relacionadas a educação moderna.

Escola Moderna na época do Nazismo

Dorothy Sayers, a amiga do Tolkien que iniciou o renascer da educação clássica

Foi justamente uma amiga próxima de J.R.R. Tolkien que trouxe as bases para a educação clássica ser restaurada. Dorothy Sayers (1893 – 1951) foi uma importante escritora de livros de investigação criminal e poesia. Especializou-se em estudos dos clássicos e é responsável por uma das melhores traduções da Divina Comédia para a língua Inglesa.  Sayers estava no ciclo de amizades de C.S. Lewis e J.R.R. Tolkien. A proximidade é tão intensa que muitos a colocam na posição de “A Inkling feminina”.

Embora não fosse uma educadora propriamente, Dorothy Sayers escreveu e apresentou um ensaio sobre a educação e os rumos que ela poderia tomar, tendo como o foco a educação clássica. O ensaio é o “The Lost Tools of Learning” de 1947. O ensaio foi um verdadeiro tapa de luva na classe acadêmica da época tendo repercussões no meio. Contudo, com o passar do tempo não foi devidamente relembrado, até que em 1991 Douglas J. Wilson publicou o livro “Recovering the Lost Tools of Learning” que inspirou um grande número de escolas cristãs primárias e secundárias e até mesmo a faculdade New Saint Andrews, que organizou a Association of Classical and Christian Schools.

A partir desse movimento tendo como base os escritos de Dorothy Sayers é que foi se restaurando a Educação Clássica em diversas escolas e universidades. Foi desse período que foi ampliado o chamado “homeschooling”, que é a educação clássica feita em casa para as crianças.

O ensaio completo da Dorothy Sayers foi reproduzido na integra AQUI. Com tradução e comentários de Gabriele Greggersen, a tradutora e especialista em C.S. Lewis.

Dorothy Sayers

Iniciando a Educação Clássica no Brasil

O Brasil demonstra um inicio de restauração da Educação Clássica, especialmente entre os cristãos católicos. O uso da Internet para propagar os ensinamentos é frequente.

O site Escola de Artes Liberais (http://escoladeartesliberais.com.br) apresenta uma série de artigos explicando o desenvolvimento da Educação Clássica. E dentro do mesmo âmbito a Confraria de Arte Liberais também exerce papel restaurador.

A Escola Tomista (http://estudostomistas.org/) do professor Carlos Nougué apresenta ensinamentos basilares para se formar o Trivium, com um enfoque nos ensinamentos de Santo Tomás de Aquino.

Sobre leitura de obras clássicas no modelo proposto por Mortimer J. Adler existe o canal criado por mim mesmo (sim, o administrador do site Tolkien Brasil tem um outro canal sobre clássicos) que pode ser acessado AQUI.

E mais recentemente foi fundada a UNIVERSIDADE SÃO JERONIMO (http://saojeronimo.org/sobre) que oferece cursos para aqueles que desejam se aprofundar nos ensinamentos católicos clássicos. Tendo aulas de filosofia, teologia, direito e línguas antigas como o Latim. O interessante desse site é que oferece a plataforma gratuita para o aluno ou mesmo uma plataforma paga por um preço acessível.

A Universidade São Jerônimo visa resgatar muito do saber cristão que foi negligenciado ou mesmo esquecido. Com isso parece atender o que J.R.R. Tolkien disse em carta:

“o principal propósito da vida, para qualquer um de nós, é aumentar, de acordo com nossa capacidade, nosso conhecimento de Deus por todos os meios que tivermos, e ficarmos comovidos por tal conhecimento para louvar e agradecer.” (Carta 310, para Camilla Unwin, 20 de maio de 1969).

O Professor Clístenes Hafner através de seus cursos de línguas na sua escola clássica traz um verdadeiro renascimento do estudo do Latim e grego. Os métodos utilizados são interessantes para aprimorar o conhecimento linguístico e o raciocínio.

Existem outros cursos e sites, mas levem em consideração que esse texto não tem o objetivo de exaurir o tema e cabe ao leitor procurar livros e meios para se aprofundar.

10 comentários em “Educação Clássica: o estudo que Tolkien teve e que nós perdemos!”

  1. Excelente artigo. É uma pena que a Educação Clássica foi e é tão renegada dos centros de ensino. O mundo Ocidental está em declínio infelizmente.

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  2. Isso se encaixa como uma luva sobre o que o Olavo de Carvalho fala sobre a educação.Infelizmente, carregaremos os danos mentais gerados por esse outro tipo dd educação em vigor pro resto das nossas vidas.

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