Legendarium, Sobre Livros

Ordem de leitura dos livros de J.R.R.Tolkien (atualizada)

(você pode se inscrever no nosso canal no youtube AQUI)

by Eduardo Stark

Desde que iniciamos o site a pergunta mais frequente é sobre como ler as obras de Tolkien. Ou pelo menos uma sequência que for considerada correta. Finalmente decidimos responder ao nosso modo essa dúvida, de forma clara e objetiva em um texto.

Se você acaba de descobrir o Universo Tolkien e deseja iniciar sua primeira leitura, recomendamos que assista nosso vídeos de introdução AQUI.

Em primeiro lugar não existe uma forma correta de se ler as obras de Tolkien. E sim etapas da leitura ou do quanto você pretende se aprofundar no estudo da obra. Assim, muito mais que uma ordem de leitura, a questão é o quanto se pretende aprofundar na leitura dos livros.

São cinco níveis diferentes de acordo com o grau de complexidade que o leitor pretende atingir.

Apresentamos sugestões de leituras. Pois cada pessoa tem sua forma de ler e buscar a leitura da obra. Evidente que nada impede que se siga uma sequência diferente das mencionadas, mas essa é a nossa recomendação para que se possa aproveitar melhor a leitura das obras do professor. Ou seja, você pode ler pela primeira vez O Hobbit e em seguida já partir para a leitura de O Silmarillon, mas recomendamos que leia O Senhor dos anéis antes.

As outras obras de Tolkien que não tratam sobre a terra média podem ser lidas tranquilamente sem a necessidade de um guia de leitura, pois são obras isoladas em si, mas por questão de exigência foram incluídas de forma ilustrativas em algum desses níveis de leitura.

susane
Foto: Susane Soares

 

Nível 01 (um) – Básico (Ordem de publicação dos livros e Ordem cronológica simples)

 

Nessa fase, busca-se apenas entender o essencial, o mínimo sobre as obras de Tolkien. Geralmente são pessoas que só querem ter um passatempo com a obra de não se tornar um grande fã propriamente. Para isso recomenda-se a leitura dos seguintes livros nessa ordem de leitura de acordo com a publicação:

1-      O Hobbit (1937)

2-      O Senhor dos Anéis (1954-1955)

3-      O Silmarillon (1977)

4-      Os filhos de húrin (2007)

5-       Beren e Lúthien (2017)

Esses livros se apresentam de acordo com a sua complexidade. O Hobbit por ser uma leitura rápida e fácil serve como verdadeira introdução ao universo Tolkien. Seguida de O Senhor dos anéis, que aumenta o nível de complexidade da história.

Em seguida o Silmarillon, cujas histórias estão bem mais complexas, porém menos desenvolvidas em termos literários em prosa, mas é uma leitura básica para se entender o universo de Tolkien. E por último o livro Os filhos de Húrin, que contem parte de sua história no Silmarillon, porém apresentar uma narrativa completa para se tornar um livro independente.

Alguns dizem que o livro “Contos Inacabados” deve ser colocado como quinto livro desse primeiro nível, mas é uma obra para quem quer se aprofundar, pois exige conhecimento prévio do leitor em relação as obras.

No caso das obras acima, pode-se ler tranquilamente cada obra sem ter necessidade de recorrer a outra (no sentido de apenas se divertir lendo, sem busca de aprofundamentos). Ou seja, você pode ler O Hobbit sem precisar ler O Senhor dos Anéis. Ou pode ler O Senhor dos anéis sem precisar ler O Hobbit. Mas, tendo em vista que se quer um aprendizado básico recomenda-se a ordem lista acima.

Nesse mesmo nível pode ser apresentada a ordem de leitura em ordem cronológica simples, que busca apresentar a sequência da história com os livros básicos:

1-   O Silmarillon

2 – Beren e Lúthien

3-   Os Filhos de Húrin

4-   O Hobbit

5-   O Senhor dos Anéis

7- Contos Inacabados (como complemento das histórias)

NÍVEL 02 (dois) – Intermediário (Ordem cronológica)

 

Se você já passou do primeiro nível, e pretende se aprofundar ainda mais nas obras de Tolkien deve seguir uma ordem mais complexa de leitura. A ordem cronológica pode proporcionar ao leitor essa complexidade maior. Nesse caso é necessário que se tenha também o livro “Contos Inacabados”, além dos livros básicos mencionados acima.

  1. Comece pelo livro O Silmarillon, em “Ainulindalë”  e depois  “Valaquenta”
  2. Em seguida continue em “Quenta Silmarillion” até o fim do Capítulo XVIII (O Silmarillion)
  3. Leia o Capítulo XIX (O Silmarillion) ou  Livro Beren e Lúthien.
  4. Leia o Capítulo  XX (O Silmarillion)
  5. Leia o Capítulo XXI (O Silmarillion) ou Leia por completo o livro “Os Filhos de Húrin”
  6. Prosseguir com a leitura do “Quenta Silmarillion” lendo apenas os capítulos XXI e XXII (O Silmarillon)
  7. No livro “Contos Inacabados” ler o Capítulo I da primeira parte dos Contos Inacabados “De Tuor e da sua chegada a Gondolin”
  8. Prosseguir com a leitura do livro O Silmarillon na parte “Quenta Silmarillion”, capítulos XXIII e XXIV.
  9. Leia na segunda parte dos Contos Inacabados, os seguintes capítulos:  I – Uma descrição da ilha de Númenor, II – Aldarion e Erendis, III – A linhagem de Elros: Reis de Númenor.
  10. Leia por completo o “Akallabêth” no livro O Silmarillon.
  11. Em Contos Inacabados, leia na segunda parte o capítulo IV “A História de Galadriel e Celeborn” .
  12. No livro O Silmarillon leia “Dos Anéis do Poder e da Terceira Era” até o 30º parágrafo.
  13. Leia em seguida  “Desastre dos Campos de Lis” do livro “Contos Inacabados”
  14. Ler nos apêndices de O Senhor dos Anéis, O Retorno do Rei, o Apêndice “A”, em “Anais dos Reis e Governantes”, até o fim do tópico IV “Gondor e os herdeiros de anárion”.
  15. Leia o capítulo “Cirion e Eorl e a amizade entre Gondor e Rohan”, nos Contos Inacabados.
  16. No Apêndice “A” do livro O Senhor dos anéis, O retorno do rei leia por completo o tópico segundo “A casa de Eorl”.
  17. Ler no Apêndice “A” do livro O senhor dos anéis, o tópico  “parte da história de Arwen e Aragorn”
  18. Em Contos Inacabados leia a quarta parte nessa ordem: “Os Istari”, “Os Palantiri”, “Os Druedan”,
  19. Leia no Apêndice “A” de O Senhor dos Anéis, O retorno do rei, “O Povo de Durin”
  20. Leia “A Busca de Erebor”, na terceira parte do livro Contos Inacabados.
  21. Leia por completo “O Hobbit”
  22. Leia por completo o livro O Senhor dos Anéis, a sociedade do anel
  23. Em Contos Inacabados leia “A Caçada ao Anel”
  24. Leia o primeiro capítulo do livro O Senhor dos anéis, as duas torres.
  25. Em Contos Inacabados leia  “As Batalhas dos Vaus do Isen”
  26. Leia o segundo capítulo até o final do livro O Senhor dos Anéis, as Duas Torres
  27. Leia por completo O senhor dos anéis, o retorno do rei
  28. Retornando em “O Silmarillon” leia “Dos Anéis do Poder e da Terceira Era” partindo do 31º parágrafo até o final do livro.

Nível 03 (três) – Avançado (Ordem cronológica completa)

 

Se o desejo por se aprofundar nas histórias de Tolkien se torna ainda mais intenso, recomenda-se a ordem cronológica mais avançada.  Nessa lista, além dos livros básicos mencionados nos níveis anteriores, soma-se a coleção de 12 volumes “The History of middle Earth” (infelizmente ainda não publicada no Brasil).

A série the history of middle earth é composta por doze volumes, e apresenta diversos ensaios e textos não terminados de autoria de J.R.R.Tolkien, por isso muitos são considerados versões descartadas pelo autor posteriormente. Embora não sejam leituras “canônicas” propriamente (não foram postas como definitivas por Tolkien em vida), servem como complemento das lacunas das obras completas. Por isso a leitura desses textos devem ser feitos com um cuidado maior em observar determinadas coisas que não foram mais acolhidas no mundo de Tolkien.

Os doze volumes que forma a série de livros The History of middle Earth são:

  • The Book of Lost Tales 1 (1983)
  • The Book of Lost Tales 2 (1984)
  • The Lays of Beleriand (1985)
  • The Shaping of Middle-earth (1986)
  • The Lost Road and Other Writings (1987)
  • The Return of the Shadow (1988)
  • The Treason of Isengard (1989)
  • The War of the Ring (1990)
  • Sauron Defeated (1992)
  • Morgoth’s Ring (1993)
  • The War of the Jewels (1994)
  • The Peoples of Middle-earth (1996)

Os textos que podem ser levados em conta são os seguintes:

  1. The Fall of Gondolin – 2
  2. The Tale of Earendel – 2
  3. The Lay of the Children of Húrin – 3
  4. The Lay of Leithian – 3
  5. The Numenorian Chapter – 5
  6. The Epilogue to The Lord of the Rings – 9
  7. Athrabeth Finrod Ah Andreth – 10
  8. Myths Transformed -10
  9. Cuyvienyarna – 11
  10. The Wandering of Húrin – 11
  11. The New Shadow – 12
  12. Tal-Elmar – 12

A ordem é basicamente a do nível anterior, com os acréscimos de algumas partes e capitulos dos livro da série the history of middle earth a seguir:

  1. Comece pelo livro O Silmarillon, em “Ainulindalë” e depois “Valaquenta”
  2. Como complemento leia “Ambarkanta” do livro “The Shaping of Middle-Earth” (volume IV da série History of Middle-Earth)
  3. Retorne ao Silmarillon e leia os capítulos I ao III.
  4. Como complemento do Capítulo III do Silmarillon leia “Cuivienyarna” do livro “The War of the Jewels” (volume XI da série The History of middle Earth)
  5. Volte a leitura de O Silmarillon e leia os Capítulos IV ao IX
  6. Como complemento ao capítulo IX leia “The Flight of the Noldoli” no livro “The Lays of Beleriand” (Volume III da série History of Middle-Earth)
  7. Em seguida continue em “Quenta Silmarillion” até o fim do Capítulo XIX (O Silmarillion)
  8. Como uma ampliação do Capítulo XIX do Silmarillon leia “The Lay of Leithian” do livro “The Lays of Beleriand” (Volume III da série The History of Middle Earth)
  9. Leia o livro Beren e Lúthien
  10. Retorne ao Silmarillon e leia os capítulos XX e XXI
  11. Leia por completo o livro “Os Filhos de Húrin”
  12. Prosseguir com a leitura do “Quenta Silmarillion” lendo apenas o capítulo XXII (O Silmarillon)
  13. Como leitura complementar leia o conto “The Wanderings of Hurin” do livro “The War of the Jewels” (volume XI da série The History of middle Earth)
  14. No livro “Contos Inacabados” ler o Capítulo I da primeira parte dos Contos Inacabados “De Tuor e da sua chegada a Gondolin”
  15. Prosseguir com a leitura do capítulo XXIII do livro O Silmarillon na parte “Quenta Silmarillion”,
  16. Como complemento do Capítulo XXIII do Silmarillon leia o conto “The Lay of the Fall of Gondolin” no livro The Lays of Beleriand (Volume III da série History of Middle-Earth)
  17. Leia agora o capítulo XXIV do livro O Silmarillon.
  18. Como complemento leia o poema “The Tale of Eärendel” que está no “Book of Lost Tales II”(Volume II da série History of middle earth).
  19.  Leia na segunda parte dos Contos Inacabados, os seguintes capítulos: I – Uma descrição da ilha de Númenor, II – Aldarion e Erendis, III – A linhagem de Elros: Reis de Númenor.
  20.  Leia por completo o “Akallabêth” no livro O Silmarillon.
  21. Leia o texto “Tal-Elmar” do livro “The Peoples of Middle-earth” (Volume XII da série The History of middle Earth)
  22. “The Numenorean Chapters” do livro “The Lost Road and other Writings” (Volume V do The History of Middle-earth)
  23. Em Contos Inacabados, leia na segunda parte do livro o capítulo IV “A História de Galadriel e Celeborn”.
  24.  No livro O Silmarillon leia “Dos Anéis do Poder e da Terceira Era” até o 30º parágrafo.
  25. Leia em seguida “Desastre dos Campos de Lis” do livro “Contos Inacabados”
  26.  Ler nos apêndices de O Senhor dos Anéis, O Retorno do Rei, o Apêndice “A”, em “Anais dos Reis e Governantes”, até o fim do tópico IV “Gondor e os herdeiros de anárion”.
  27. Leia o capítulo “Cirion e Eorl e a amizade entre Gondor e Rohan”, nos Contos Inacabados.
  28. No Apêndice “A” do livro O Senhor dos anéis, O retorno do rei leia por completo o tópico segundo “A casa de Eorl”.
  29. Ler no Apêndice “A” do livro O senhor dos anéis, o tópico  “parte da história de Arwen e Aragorn”
  30. Em Contos Inacabados leia a quarta parte nessa ordem: “Os Istari”, “Os Palantiri”, “Os Druedan”,
  31.  Leia no Apêndice “A” de O Senhor dos Anéis, O retorno do rei, “O Povo de Durin”
  32.  Leia “A Busca de Erebor”, na terceira parte do livro Contos Inacabados.
  33.  Leia por completo “O Hobbit”
  34. Leia por completo o livro O Senhor dos Anéis, a sociedade do anel
  35. Em Contos Inacabados leia “A Caçada ao Anel”
  36.  Leia o primeiro capítulo do livro O Senhor dos anéis, as duas torres.
  37.  Em Contos Inacabados leia  “As Batalhas dos Vaus do Isen”
  38. Leia o segundo capítulo até o final do livro O Senhor dos Anéis, as Duas Torres
  39. Leia por completo O senhor dos anéis, o retorno do rei
  40. Leia “The Epilogue to The lord of the Rings”, do livro “The End of the Third Age” (volume 09 da série The history of middle earth).
  41. Retornando em “O Silmarillon” leia “Dos Anéis do Poder e da Terceira Era” partindo do 31º parágrafo até o final do livro.
  42. Como complemento leia “The New Shadow” do livro “The Peoples of Middle-earth” (volume 12 da série History of middle Earth)

Recomenda-se a leitura da série The history of middle earth por completo da forma como dito acima ou de forma inteiramente sequencial, como apresentado.

25-11-2012 089

 

Nível 04 (quatro) – Acadêmico (Sem ordem de leitura)

 

O nível acadêmico é aquele que busca estudar as obras de Tolkien com uma profundidade além da simples leitura. O estudo é mais detalhado e inclui aspectos científicos e de disciplinas vistas propriamente em academias. Portanto, não há propriamente uma ordem de leitura, mas uma aprofundamento da leitura que varia muito de estudo para estudo.

Pode-se estudar Tolkien sob vários prismas (literatura, linguística, psicologia, jurídica, social, política, filosófica etc). Mas as formas mais comuns de estudo são duas (ou pelo menos o que mais se observa nas universidades ou cursos que tratam sobre Tolkien.

Primeiramente estuda-se Tolkien sobre o ângulo de sua própria obra, que é chamado de Tolkienologia (Tolkienology, termo utilizado pelos fãs). Nesse foco de estudo, a base são as obras de Tolkien relacionadas a terra média, em que o estudioso toma essa obra como verdadeira ou pelo menos como um universo paralelo e que seja passível de se estudar como um objeto comum da realidade. Assim, o estudioso assume como verdadeiro o universo criado de Tolkien (dentro da perspectiva ao estudo) e passa a analisar esse mundo com uma perspectiva como se fosse real.

Na Tolkienologia pode-se estudar vários tópicos:

  • Debates sobre a natureza dos personagens da história e suas implicações dentro do Universo secundário.
  • Estudo do diversos tipos de calendários da terra média
  • Estudo da história antiga (primeira e segunda era)
  • Analise comparativa de dados, como o censo.
  • Estudo da Genealogia dos  personagens líderes ou reis (hobbits, elfos, anões etc)
  • Estudo da linguística Tolkieniana: Estuda as línguas das diversas raças da terra média (em especial as línguas élficas Quenya e Sindarin), bem como o estudo dos modos de escrita e sua possível utilidade atualmente
  • Estudo da cultura dos povos da terra média (folclore, lendas, tipos de roupa, comida etc)
  • Descrições astronômicas e forma do planeta e formações diversas (entre ela Geografia da terra média)
  • Estudo da moralidade, daquilo que é considerado correto ou não nas histórias e lendas da terra média.
  • Estudo de estratégias de Guerra, analisando as guerras anteriores e o que foi utilizado com acerto ou erro.

A segunda forma se estudar Tolkien de uma forma acadêmica é por meio da pesquisa do seu enquadramento dentro da literatura de fantasia e a sua importância. Ou ainda estudando os seus aspectos linguísticos propriamente (estudo das línguas élficas e sua relação com as línguas reais etc).

Especialistas (Tolkien Scholar)

Por último encontra-se os Especialistas. Não se trata propriamente de uma ordem de leitura e nem um chamado nível quinto, mas este é considerado o ponto alto daqueles que buscam estudar Tolkien de forma aprofundada.

Nesse estágio de conhecimento, a leitura é tão aprofundada que pode se ter a possibilidade de produção de uma obra de alta qualidade técnica.

Assim, além de ter um alto conhecimento da obra, em nível acadêmico e de forma geral, o estudioso de Tolkien busca exteriorizar o seu conhecimento através de uma obra. Assim, entende-se que a alta carga de conhecimento veio da análise detalhada das obras do professor Tolkien.

Nesse nível de conhecimento existem poucas pessoas que se destacam no mundo. Considero que os dois maiores especialistas vivos (ou o que podem falar com maior propriedade sobre as obras) são os filhos de professor: Christopher e Priscila Tolkien.

Em especial Christopher Tolkien, por ser o editor da maioria das obras póstumas de seu pai, além de comentar e organizar as obras. Ele foi uma das poucas pessoas que leu O Senhor dos Anéis antes de ser publicado e acompanhou todo o processo de elaboração dessa obra e da vida pessoal de seu pai.

Nomes que devem ser considerados nessa categoria em razão de suas obras são: Michael D. C. Drout, Colin Duriez, Verlyn Flieger, Tom Shippey, Douglas A. Anderson, Michael Martinez, Coren Olsen, John D. Rateliff, Ted Sherman, Janet Brennan Croft, David Salo, Jared Lobdell, Christina Scull, Wayne G. Hammond, Joseph Pearce e os brasileiros Ronald Eduard Kyrmse e Ives Gandra da Silva Martins Filho.

Evidentemente que esses não são todos os especialistas em Tolkien do mundo, mas são aqueles que apresentamos como destaque.

Diversas

Carta do Arcebispo que pode iniciar a canonização de Tolkien

Arcebispo que pode iniciar processo de canonização de Tolkien

Para entender a iniciativa de canonizar Tolkien acesse AQUI.


 

Pouco tempo após a primeira missa realizada que tratou sobre um pedido de canonização de J.R.R. Tolkien (veja mais AQUI), agora o grupo de católicos liderados pelo Daniele Pietro Ercoli‎, do “Instituto Internacionale “Dom Bosco” da Itália que organiza esse processo e tem um grupo no facebook com quase mil membros (veja o grupo aqui), divulgou a carta de Bernard Longley, arcebispo  de Birmingham. Ele é o membro da Igreja Católica que pode ser responsável pela abertura do processo de canonização de Tolkien.

Em 2009, Bernard Longley foi apontado pelo Papa Bento XVI para ser o Arcebispo de Birmingham, local na Inglaterra onde Tolkien viveu boa parte de sua vida. O Arcebispo Longley exerceu um papel importante nos planos de beatificação do Cardial John Henry Newman e apresentou um pedido de canonização ao Papa Bento XVI. Quando o Papa Bento XVI esteve em Birmingham para a beatificação do Cardial John Henry Newman, em setembro de 2010, uma estátua dele tinha sido feita pelo escultor Tim Tolkien, um descendente do autor. A escultura do Cardial foi abençoada pelo próprio Papa naquela ocasião.

A carta não diz que o processo de canonização seja possível no momento. Mas está sendo realizado os primeiros preparativos para uma investigação.  A carta foi escrita em 16 de julho de 2015 e somente foi divulgada recentemente pelo próprio Daniel Pietro Ercoli. O conteúdo é o que se segue:

 

 

Prezado Don Daniele Pietro,[1]

Por favor, perdoe a minha demora em responder à sua carta que recebi em 7 de abril de 2015 em relação a uma oração em apoio à “Causa da Canonização de J.R.R. Tolkien “. Eu considerei seu pedido e procurei o conselho de nosso Promotor Diocesano de Causas dos Santos.

Até que a Igreja decida abrir uma causa em relação a J.R.R. Tolkien eu me sentiria hesitante em aprovar pessoalmente uma oração em apoio à sua canonização, especialmente para um grupo internacional. Ao mesmo tempo, tenho o prazer de encorajá-lo a procurar informar as pessoas mais amplamente sobre a fé católica de J.R.R. Tolkien e a influência que isso teve em sua escrita e em sua vida.

Eu poderia sugerir que está livre para você compor uma oração para ser distribuída para uso privado e pessoal e, se uma causa for aberta um dia, podemos elaborar uma oração apropriada de acordo com as disposições da Canon 826 § 1 do Código de Direito canônico.

Devo copiar nossa correspondência para o P. Julian Booth, o Promotor Diocesano de Causas, e asseguro-lhe minhas orações e todos os desejos. Por favor, ofereça uma oração para mim e a Arquidiocese de Birmingham no Santuário de São João Bosco.

Sinceramente, em Cristo

Bernard Longley

Arcebispo de Birmingham

 

A oração privada que o Longley sugeriu foi feita por Daniel e publicada no grupo do facebook. Mas atualmente está sendo remodelada.

Além de concentrar estudos sobre a vida católica de Tolkien. O grupo se dedica atualmente a promover missas em homenagem ao escritor e está sendo organizada a primeira conferência para a canonização de Tolkien que ocorrerá em setembro de 2018.

Um documentário sobre Tolkien e sua fé católica está sendo feito pelo diretor britânico Danny Oscar Rutilio e terá o título “Tolkien: A Saint for our Time“.

 

—————————-

[1] Dear Don Daniele Pietro,

Please forgive my delay in replying to your letter which I received on the 7 April 2015 regarding a prayer in support of the “Cause of Canonization of J.R.R. Tolkien”. I have considered your request and sought advice from our Diocesan Promotor of Causes of Saints.

Until the Church decides to open a cause in respect of J.R.R. Tolkien I would feel hesitant about personally approving a prayer in support of his canonization, especially for an international group. At the same time, I am pleased to encourage you in seeking to inform people more widely about J.R.R. Tolkien’s Catholic faith and the influence that this had on his writing and on his life.

I would suggest that it is open to you to compose a prayer to be distributed for private and personal use and, if a cause is one day opened, then we can draft an appropriate prayer under the provisions of Canon 826 § 1 of the Code of Canon Law.

I shall copy our correspondence to Fr Julian Booth, the Diocesan Promote of Causes, and I assure you of my prayers and every kind wish. Please offer a prayer for me and the Archidiocese of Birmingham at the Shrine of St John Bosco.

Yours sincerely in Christ

Bernard Longley

Archbishop of Birmingham

Famosos, Sobre Livros

J.K. Rowling ama O Hobbit e acha que Tolkien é genial!

harry potter
harry potter

By Eduardo Stark

Esse artigo é uma homenagem a todos os fãs de Harry Potter e especial os que reconhecem a importância das obras de Tolkien e que vieram me pedir mais informações a respeito do tema e que participam de nosso grupo no facebook AQUI.

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Desde o grande sucesso de O Senhor dos Anéis esse livro é visto como um parâmetro para comparação em relação a outras obras do mesmo gênero literário. Já ressaltamos aqui influências de G.R.R. Martin (veja o artigo aqui) e Stephen King (veja o artigo aqui) e outros escritores (veja aqui). Agora apresentamos detalhes sobre J.K. Rowling e sua relação com a obra de Tolkien.

Joanne Kathleen Rowling ou J. K. Rowling é uma notável escritora conhecida por sua série de livros infantis Harry Potter. Ela é uma típica inglesa e com isso acabou tendo contato com essa cultura e evidentemente com os seus escritores clássicos e renomados. Com isso, a escritora ainda na juventude leu os livros de J.R.R. Tolkien e C. S. Lewis.

Desde que foi publicado o primeiro livro da série Harry Potter foi comum em diversas entrevistas e até entre os amigos pessoais da escritora o questionamento dela ter sido influenciada por escritores de fantasia que a antecederam.

O presente texto visa apresentar grande parte das entrevistas que Rowling ressaltou algo sobre as obras de Tolkien e tentar verificar quando a escritora teve o primeiro contato com O Senhor dos Anéis.

Os paralelos de suas obras não foram levados em consideração e o foco do texto são as declarações da própria escritora J.K. Rowling. Ela diz em várias ocasiões que leu o Hobbit e que foi “maravilhoso” e que ama a obra. Sobre o escritor Tolkien diz que o admira e dentre outras afirmações que serão expostas.

Existe uma certa dificuldade em determinar com qual idade a autora leu o Senhor dos Anéis e isso é verificado em contradições nas diversas entrevistas. Fato é que em sua vida a escritora desejou estudar na Universidade de Oxford, onde não foi admitida como aluna. Essa era a mesma universidade em que J.R.R. Tolkien foi professor durante muitos anos e se tornou doutor.

Abaixo segue a compilação de grande parte de suas referências sobre Tolkien em entrevistas. As fontes de onde foram publicadas estão junto ao corpo do texto em que é feita a citação. (boa parte das entrevistas completas podem ser encontradas no site conteudo.potterish.com).

O marketing da comparação de Tolkien aplicado a Harry Potter

As obras de Tolkien em relação a fantasia são consideradas padrões ou objetos de parâmetro.Ou seja, elas são algo basilar nesse tipo de literatura. E devido ao seu grande sucesso literário não é estranho que os novos escritores que venham a surgir sejam comparados com ele.

Parece ser uma estratégia comum do marketing utilizar as obras de Tolkien para conseguir assim chamar a atenção e atrair novas pessoas. Não é preciso relatar os vários momentos em que isso acontece com os livros de G.R.R. Martin, Eragon e outros.

Com os livro de Harry Potter não é diferente. Logo no início da publicação dos livros, ainda na década de 90, vários jornais e mídias já iniciavam as comparações da pedra filosofal e O senhor dos Anéis.

Essa questão toda refletiu até mesmo na forma como o nome da autoria seria colocado no livro. De fato, os autores de fantasia infantil tinham o nome abreviado logo no início C.S. Lewis, J.R.R. Tolkien, etc. Como podemos ler a seguir, a ideia partiu da editora e não da autora:

Ela se nomeia J.K. porque imagina ser uma moderna Tolkien? “Não, foi ideia da editora.” ela diz. “Eles eram cautelosos por eu ser uma mulher.” A Bloomsbury  acha que não alcançariam os meninos, então eles a fizeram hermafrodita. “Eu estava tão agradecida com a publicação que isso não importava para mim” (Hattestone, Simon. “Harry, Jessica e eu”. The Guardian, 08 de julho de 2000).

As primeiras notícias em jornais entre os anos de 1995 e 1998 utilizam ideias de comparação entre os autores de Nárnia e O Hobbit em relação aos livros de Harry Potter. E isso começou a ser mais continuo com os lançamentos dos filmes.

J. K. Rowling
J. K. Rowling

Com que idade Rowling leu O Senhor dos Anéis? 14, 19 ou 20 anos?

Como ressaltado, Rowling por ser uma típica mulher inglesa isso implicou com as primeiras leituras dos escritores de seu país. Mas a escritora parece se contradizer em várias entrevistas sobre o momento em que ela leu O Senhor dos Anéis, variando de 14 para 21 anos.

A primeira entrevista concedida em que a escritora fala algo sobre Tolkien ocorreu em 1999 em que afirmou ter lido as obras de Tolkien e Lewis e reconheceu os autores como gênios:

Eu li ambos, ahn – ambos eram gênios, estou imensamente lisonjeada em ser comparada a eles, mas acho que estou fazendo algo ligeiramente diferente. Fonte: “Christopher Lydon. “Transcrição da entrevista com J.K. Rowling para o The Connection”. Rádio WBUR, 12 de outubro de 1999. Transmitida em: 12 de outubro de 1999, das 10h06min às 11h00min da manhã”).

Em uma entrevista no ano seguinte a escritora informa ter lido O Senhor dos Anéis com 14 anos de idade. Nada mais natural, pois em 1977 e 1978 os filmes animados de O Hobbit e O Senhor dos Anéis estavam nos cinemas e  proporcionaram uma publicidade maior em relação as obras naqueles anos. Na entrevista foi perguntado “Você tem algum tipo de público alvo quando escreve esses livros?” e ela respondeu:

Eu mesma. Eu sinceramente nunca sentei e pensei, O que será que as crianças vão gostar? Eu realmente estava tão empolgada com a idéia quando ela veio a mim que eu pensei que seria divertido de escrever. De fato, eu não gosto muito de fantasia. Não é bem que eu não goste, na verdade eu não li muito isso. Eu li “Senhor dos Anéis” no entanto. Li quando tinha uns 14 anos. Fui ler “O Hobbit” depois dos vinte. Nessa época eu já tinha começado “Harry Potter”, e alguém me deu esse livro, e eu pensei: Sim, Eu realmente devo ler isso, porque as pessoas sempre diziam, “Você já leu “O Hobbit, obviamente?” e eu dizia, “Hum, não”. Então eu pensei “Bem, vou ler”, li, e foi maravilhoso. (Sorriso encabulado). (Jones, Malcolm. “A mulher que inventou Harry”. Newsweek, 17 de julho de 2000).

Em resposta na entrevista publicada no site Scholastic.com, “Sobre os livros: Entrevista de J.K. Rowling para Scholastic.com”, (16 de Outubro de 2000), Rowling afirmou ter lido a obra de O Senhor dos Anéis com dezenove anos de idade. A pergunta foi a seguinte: “eu estava pensando em o quanto Tolkien inspirou e influenciou a sua escrita?”:

Difí­cil de dizer. Eu não li O Hobbit até que o primeiro Harry estava escrito, se bem que eu li O Senhor dos Anéis quando eu tinha dezenove. Eu acho que deixando de lado o fato óbvio que ambos usamos mito e lenda, as similaridades são muito superficiais. Tolkien criou uma nova mitologia inteira, o que eu nunca poderei dizer que fiz. Por outro lado, eu acho que faço piadas melhores. (Scholastic.com, “Sobre os livros: Entrevista de J.K. Rowling para Scholastic.com”, 16 de Outubro de 2000)

No ano seguinte em março de 2001, em entrevista para Comic Relief (trecho publicado mais abaixo na parte de influências), a autora de Harry Potter disse ter lido O Senhor dos Anéis com vinte anos. Estranhamente, no mesmo mês, poucos dias após essa entrevista ela afirmou em entrevista na BBC Online que tinha lido O Senhor dos Anéis com vinte anos.Assim foram feitas as perguntas “O que você acha de “O Senhor dos Anéis”, de Tolkien?” e ela respondeu o seguinte:

Eu li quando tinha uns vinte anos, creio e eu gostei muito, embora nunca tenha relido, que é algo revelador (normalmente releio meus livros favoritos constantemente), mas ele criou toda uma mitologia, uma incrível façanha. (“Transcrição do chat ao vivo da Comic Relief”. Comic Relief, março de 2001).

Com uma ideia diferente, diferindo em pouco em sua resposta afirmou o mesmo, ao ser perguntada “O que você acha do livro “O Senhor dos Anéis“, de Tolkien?” em que ela responde:

Eu li quando eu tinha mais ou menos vinte anos e eu gostei muito, apesar de nunca ter tido a oportunidade de reler. O que é relevante, porque meus livros favoritos eu leio várias vezes. Mas ele criou uma nova mitologia, uma façanha incrível. (“Chat do dia do Red Nose”. BBC Online, 12 de março de 2001).

Para ter uma ideia mais formada sobre isso, é interessante ver o que o Sean Smith escreveu na biografia de J.K. Rowling a respeito de O Senhor dos Anéis.

Um dos livros que ela leu durante os seus dias universitários foi O Senhor dos Anéis, o famoso romance de fantasia do Professor de Oxford, J. R. R. Tolkien. Joanne se tornou uma grande admiradora da saga e seu volume de 1000 páginas contendo toda a história, que se tornou maltratado e desgastado ao longo dos anos. (J.K. Rowling A Biography, 2003, p. 90).

Esse trecho demonstra que ela leu o livro aos 19 anos e que ela se tornou uma grande admiradora da saga de Tolkien. E para ressaltar ainda mais, o biografo expõe que Rowling levou para Portugal o seu volume de O Senhor dos Anéis:

Joanne invariavelmente tinha o Senhor dos Anéis com ela [em Portugal], que ela tinha lido pela primeira vez quando tinha dezenove anos, mas era um dos livros que ela queria levar para Portugal. Maria Ines confirma que ela sempre teve sua cópia com ela e Jorge lembra que não podia deixar o livro. (J.K. Rowling A Biography, 2003, p. 108)

Fato é que J.K. Rowling leu O Senhor dos Anéis em alguma parte de sua juventude. Estranhamente ela parece mudar a idade em que ela leu o livro com o passar dos tempos e até evitar comentar que teve alguma influência de Tolkien. Sua resposta sobre ter lido O Senhor dos Anéis e não ter relido é uma demonstração disso, pois o seu próprio biografo afirma que ela releu a obra e a carregou para a viagem a Portugal.

Com o lançamento dos filmes de Harry Potter quase que simultaneamente com os filmes de O Senhor dos Anéis foi necessário uma resposta menos clara quanto a essa influência por parte da autora. O marketing da comparação já não era mais necessário. Pois era comum a comparação de sua obra com O Senhor dos Anéis e foi agora necessário ter uma autonomia.

Então se supõe ter sido algo em relação às empresas relacionadas que recomendaram a ela evitar assumir influência ou pelo fato dela pretender se dissociar de alguma influência de autores antecedentes. A mesma forma de atuação parece ter ocorrido em relação a influência de C.S. Lewis, visto logo adiante.

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Em 2005, a Revista Time disse que “Rowling nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis” e a autora afirma que não é muito fã de fantasia e que não sabia que estava escrevendo um estilo de livro de fantasia:

A escritora de fantasias mais popular do mundo nem mesmo gosta especialmente de romances de fantasia. Nunca sequer ocorreu a ela, até publicar Pedra Filosofal, que havia escrito um. “Esta é a verdade nua e crua”, diz ela. “Você sabe, os unicórnios estavam lá. Existia o castelo, Deus sabe. Mas eu realmente não sabia que era isso que eu estava escrevendo. E eu acho que talvez a razão de isso nunca ter me ocorrido é que eu não sou muito fã de fantasia”. Rowling nunca terminou de ler “O Senhor dos Anéis”. (Grossman, Lev. “J.K. Rowling, Hogwarts e tudo”. Revista Time, 17 de julho de 2005).

Talvez um erro da Revista Time? Ou alguém passou essa informação errada para o jornalista?

Com essas entrevistas verifica-se que a escritora não parece se localizar muito no tempo quanto o momento em que leu O Senhor dos Anéis. Ao que parece que ela pretende se distanciar de alguma influência ou afirmação do tipo, chegando a afirmar como lido acima que ela não releu a obra e culminando com a afirmação da Revista Time de que ela não leu.

1999 – 12 outubro – Diz que leu Tolkien. E ele é um gênio. Grata em ser comparada.

2000 – 17 julho – Diz que leu o Senhor dos Anéis com 14 anos.

2000 – 16 outubro – Diz que leu O Senhor dos Anéis com 19 anos.

2001 – Março – Diz que leu com 20 anos

2005 – 17 Julho – Nunca terminou de ler O Senhor dos Anéis (Segundo a Revista Time)

O fato é que ela leu O Senhor dos Anéis e que leu antes de O Hobbit.

A influência de Tolkien

Ao ser perguntada diretamente  “Você é uma fã de Tolkien? O trabalho dele influenciou a série de Harry Potter?”, Rowling respondeu o seguinte:

Bem, eu amo “O Hobbit“, mas eu acho, se você deixar de lado o fato que os livros se sobrepõem em termos de dragões e varinhas e bruxos, os livros sobre Harry Potter são muito diferentes, especialmente no tom. Tolkien criou uma mitologia inteira, eu não acho que alguém possa dizer que fiz isso. Por outro lado… ele não tinha o Duda.  (“Bate-papo com J.K. Rowling”. AOL Live, 04 de maio de 2000).

Ainda ela confessa admirar o escritor Tolkien por sua capacidade de detalhes:

Outra comparação foi feita com a série de sete livros Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis, a qual tem um forte tema moral e religioso. Ainda mais, sobre tudo a maior parte desta escrita é a realização de J.R.R.Tolkien. “Eu o admiro”, ela fala sobre o autor cuja atenção obsessiva aos detalhes excede até a dela própria. (“Mãe de todos os trouxas”. The Irish Times, 13 de julho de 2000).

Nessa mesma entrevista ela respondeu a comparação da capa da invisibilidade em relação ao Anel de O Senhor dos Anéis: “Capas são mais divertidas que anéis, você pode tropeçar nelas, rasgá-las, elas podem cair – elas são divertidas”.

Em 2001, Rowling faz um comentário sobre a necessidade que as crianças tem em relação a obras de fantasia e mencionou Tolkien como referência a conhecimento e soberania dentro de um mundo imaginado:

as crianças adoram “conhecimento e soberania dentro de um mundo imaginado. Daí o apelo de coisas tão diversas como Sherlock Holmes e Tolkien”. Entretanto, até esses dois são ofuscados pelo bruxinho que usa óculos. “Nenhum deles apresenta uma mistura tão única de humor, medo e diversão”. (Gaisford, Sue. “Dando voz a Harry e Cia”. BBC Worldwide, abril de 2001).

Ao ser perguntado sobre influências de seus livros ela respondeu o seguinte:

Bem, é muito, muito difícil separar as influências. Coisas como Guerra nas Estrelas e Senhor dos Anéis e a série Harry Potter, muitos são… Eles, eles seguem o formato de aventura. Eles seguem o formato de bem contra o mal e o que isso faz com as pessoas. (Vieira, Meredith. “J.K. Rowling cara-a-cara: parte um”. Today Show (NBC), 26 de julho de 2007).

J.K. Rowling se aprofundou nas obras de Tolkien

Em uma entrevista ao jornal El País, publicada em 8 de fevereiro de 2008, a autora de Harry Potter demonstra um conhecimento de certa forma aprofundado sobre as obras de Tolkien.

Pergunta: Solidão, morte. Falamos de coisas sombrias. Talvez tenha tudo a ver com literatura.

Resposta: Bom, acho que foi Tolkien quem disse que todos os livros importantes tratam sobre a morte. E há algo de verdade nisso, porque a morte é nosso destino e devemos afrontá-la. Tudo o que fazemos na vida é uma tentativa de negar a morte. (Cruz, Juan. “Ficar invisível? Isso seria o melhor…”. El País, 8 de fevereiro de 2008).

Essa relação que Tolkien faz em relação a morte em suas obras não é algo muito divulgado em massa, o que demonstra que a escritora pesquisou com mais profundidade preceitos sobre O Senhor dos Anéis.

A referência sobre a morte em o Senhor dos Anéis é vista no documentário da BBC de Londres de 1968, um material secundário, pois no livro não há referências sobre a morte por parte de Tolkien. O que demonstra que ela buscou mais informações sobre o tema e o autor.

C. S. Lewis, escritor e amigo de Tolkien
C. S. Lewis, escritor e amigo de Tolkien

J.K. Rowling é uma fã de C. S. Lewis

Rowling parece ser muito mais uma fã de C.S. Lewis do que de Tolkien propriamente. Ela afirmou ter lido os livros de Crônicas de Nárnia quando era criança ao recebê-los como presentes de sua mãe aos oito anos.

Bertodano, Helena. “Harry Potter encantou uma nação”. Eletronic Telegraph, 25 de julho de 1998.  “Até mesmo hoje, se encontrasse um dos livros Nárnia em minha frente, com certeza o pegaria para reler de uma vez só”.

E nesse mesmo sentido, uma entrevista em novembro foi afirmado que ela sempre relê As Crônicas de Nárnia:

Hoje em dia, pessoas com boas intenções dão livros de fantasia para que Rowling os leia. Mas ela prefere Jane Austen e Roddy Doyle. “Fantasia não é o meu gênero predileto. Embora eu adore C. S. Lewis, eu tenho um problema com aqueles que o imitam”.Aos 33 anos, Rowling ainda relê As Crônicas de Nárnia, famosas por O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (seu preferido é A Viagem do Peregrino da Alvorada), junto com os outros preferidos de sua infância, E. Nesbit, Paul Gallico e Noel Streatfield. “Eu tento fazer o mesmo que eles no quesito de pegar uma boa história e contá-la da melhor maneira possível”, ela diz. “Não havia nada de descuidado com o jeito que eles escreviam”. (Blakeney, Sally. “O conto de fadas dourado”. The Australian, 7 de novembro de 1998).

Pergunta sobre quais seriam seus heróis e heroínas favoritos em literatura infantil a escritora respondeu o seguinte:

Eu realmente gosto do Eustáquio em “A Viagem do Peregrino da Alvorada” de C.S. Lewis (terceiro na série de Nárnia). Ele é um personagem muito desagradável que se torna bom. Ele é um dos personagens mais engraçados de C.S. Lewis, e eu gosto muito dele. “Entrevista de Barnes and Noble”. Barnes and Noble, 19 de março de 1999.

Quando perguntada sobre quais são suas maiores influências e qual o preferido quando ela leu quando crianças ela respondeu:

“Quem eu mais admiro são E. Nesbit, Paul Gallico e C.S. Lewis. Meu livro favorito quando era criança era “O Pequeno Cavalo Branco” de Elizabeth Goudge”. (“Transcrição da entrevista na eToys”. eToys.com, outono de 2000)

Assim como visto com O Senhor dos Anéis, antes dos filmes Rowling parece ter uma visão mais amigável em relação a C.S. Lewis. Admitindo influência e dizendo que iria ler sempre que pudesse as Crônicas de Nárnia.  Com o passar do tempo, em 2005 ela afirma não ter lido o último livro de Crônicas de Nárnia, dando a ideia de um distanciamento de influência em relação a C.S. Lewis, provavelmente por conta dos diversos comentários que relacionavam sua obra a do Lewis:

Na verdade eu não li muita fantasia, e o mais engraçado é que mesmo que tenha lido os livros de Nárnia, eu nunca terminei a série, nunca li o último livro. Talvez eu devesse voltar e completar a minha educação nesse assunto. Mas eu li muito livros adultos, e minha mãe nunca me proibiu, nunca fui proibida de ler nada da estante, então eu lia tudo e qualquer coisa, e não apenas livros infantis. (Conferência “mirim” em Edimburgo. ITV, 16 de julho de 2005).

Contudo, evidente que mesmo assim a autora não negou sua influência das obras de C.S. Lewis, de modo que as afirmações anteriores se mantém coerentes. Em uma entrevista no dia seguinte a revista Time afirma que a autora não leu As Crônicas de Nárnia, o que contradiz as afirmações da própria autora vistas acima, e logo em seguida a mesma tece criticas quanto a obra de Lewis:

Ela nem leu as “Crônicas de Nárnia” de C.S.Lewis, aos quais seus livros são muito comparados. Existe algo na sentimentalidade de Lewis em relação a crianças que a deixa irritada. “Tem um momento lá onde Susan, a menina mais velha, se perde em Nárnia porque se interessa por batom. Ela se torna sem religião principalmente porque descobre sexo”, diz Rowling. “Eu tenho um grande problema com isso”. (Grossman, Lev. “J.K. Rowling, Hogwarts e tudo”. Revista Time, 17 de julho de 2005).

Com isso, podemos concluir que J.K. Rowling leu O Senhor dos Anéis de Tolkien em sua juventude provavelmente aos 19 anos e O Hobbit aos 20 anos. Ela diz não ter relido o livro, mas o seu biografo diz ter relido e andava com o livro sempre, isso com base em duas testemunhas que viram ela levando o livro para portugal. Ela disse que ama O Hobbit, chama Tolkien de Gênio e acha que não seria capaz de criar uma mitologia como a dele. E, ressaltando que  J. K. Rownling leu as Crônicas de Nárnia por volta dos oito anos e se tornou uma influência em suas obras.

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Atores dos filmes e sua relação com O Senhor dos Anéis

Vários atores dos filmes se declaram fãs de O Senhor dos Anéis e outros atores tiveram papéis relacionados ao Senhor dos Anéis como dublador de Aragorn e a voz de Sam na Rádio BBC, John Vincent Hurt e William Francis Nighy.  Um outro artigo só falando sobre o elenco e o quanto eles são fãs de O Senhor dos Anéis seria necessário, já que grande parte deles são ingleses, assim como o próprio Tolkien.

Daniel parece ter um certo apresso pelos filmes do diretor Peter Jackson, já que uma vez foi assistir aos filmes de forma ‘escondida’:  “eu fui ver uma prévia de O Senhor dos Anéis em Leicester Square, que é um dos maiores cinemas do país. Estava lotado e ninguém me reconheceu. Eu faço mais coisas do que as pessoas pensam”. (novembro de 2003, DanRadcliffe.com) 

Existe uma certa tendência por parte de alguns leitores em atacar uma ou outra obra.Em “My Boy Jack” entrevista do  GQ concedida em 05 de outubro de 2007, o ator Daniel Radcliffe apresenta um exemplo de conduta com relação a essas ideias de comparação entre as obras e conflitos entre fãs:

Eu sou constantemente confundido com Elijah Wood. Eu estava no Japão e alguém me deu uma foto dele para assinar. Eu não sabia falar isso em japonês, então eu escrevi “Eu não sou Elijah Wood, mas obrigado de qualquer forma, Daniel Radcliffe.” Se eu fosse um pouco mais infantil eu teria escrito “O Senhor dos Anéis é um lixo.”

Acho que essas palavras finais de Elijah Wood… digo… Daniel Radcliffe dizem muita coisa.

Sobre Filmes

As versões editadas por fãs dos filmes O Hobbit de Peter Jackson!

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by Eduardo Stark

 

Quando foram lançados os filmes de O Hobbit do diretor Peter Jackson ocorreu um grande alvoroço por parte dos fãs por causa de várias cenas acrescentadas que não estavam relacionadas com o livro.

A cena mais repudiada por fãs foram as que a elfa Tauriel aparece e desenvolve um romance com um dos anões que acompanhava Bilbo na jornada rumo a Montanha Solitária.

As melhores cenas e que são o “coração” dos filmes de Peter Jackson são justamente as que são relacionadas ao Bilbo e que se não foram totalmente fiéis, pelo menos mantiveram uma sensação de aproximação ao que Tolkien escreveu:

1 – Cena do Bilbo velho narrando o ataque de Smaug 
2 – Cena do encontro de Bilbo com Gandalf 
3 – Cena de Gollum e Bilbo e as charadas
4 – Cena do encontro de Bilbo e Smaug 
5 – Cena final de Bilbo voltando pro Condado

É praticamente unânime entre as versões editadas por fãs a ideia de que as cenas em Dol Guldur e as cenas de Tauriel devem ser retiradas dos filmes. Não apenas por ser material com roteiro praticamente exclusivo dos roteiristas dos filmes, mas por fugir a ideia essencial da história em si, tanto que foram retiradas e em nada mudou a trajetória normal do herói.

Abaixo estão listadas as mais conhecidas edições feitas por fãs, com alguns comentários sobre seus pontos positivos e negativos. Evidentemente que podem vir a surgir novas edições ou outras que não foram incluídas. Mas essas são as que mais se destacam pela qualidade e empenho nas edições.

O site Tolkien Brasil apenas informa os leitores da existência dessas edições, da mesma forma que jornais de grande circulação já fizeram (Forbes, The Guardian, The Telegraph e outros). A questão de violação de direitos autorais das edições é de inteira responsabilidade de quem as realizou e ressaltamos a importância de se adquirir o material original, já que todo bom fã é aquele que coleciona livros e itens oficiais. O ideal é que já se tenha assistido as versões originais dos filmes e após isso venha a tomar suas próprias conclusões sobre o que deve ou não permanecer nos filmes.

THE HOBBIT: THE BILBO EDITION / Edição de 4 horas da trilogia: 

LINK:  https://goldfishblues.wordpress.com/2016/02/20/the-hobbit-the-bilbo-edition-2-0-extended-edition/

PONTOS POSITIVOS: Azog foi totalmente removido do filme na parte da perseguição aos anões, foi utilizada computação gráfica para este trabalho. O filho de Bard não aparece para ajudar a matar o Dragão Smaug e a glória da vitória voltou a ser apenas do Bard. As cenas foram colocadas na ordem dos capítulos dos livros.

PONTOS NEGATIVOS: As cenas com a família de Bard ainda permanecem e outras cenas de menor importância que poderiam ser retiradas.

 

THE HOBBIT: THE TOLKIEN EDIT / Edição de 4 horas da trilogia: 

LINK: https://tolkieneditor.wordpress.com/

Essa é a primeira versão editada que reúne os três filmes do Hobbit em quatro horas. Essa é a versão editada mais conhecida, pois foi noticiado por vários jornais internacionais de grande circulação (Forbes, The Guardian, The Telegraph e outros).

PONTOS POSITIVOS: Essa edição elimina boa parte das cenas acrescentadas por Peter Jackson que não estão no livro de Tolkien. Como exemplo as cenas que contém a elfa Tauriel, as cenas de Dol Guldur e as cenas com Azog perseguindo os anões foram retiradas.

PONTOS NEGATIVOS: O problema dessa edição é que existem cenas que ainda poderiam ser removidas para tornar o filme mais parecido com o livro. Como exemplo, a cena de Bombur e os Barris ainda permanecem. Azog ainda aparece na perseguição junto com os lobos antes das águias salvarem o grupo de Gandalf e Bilbo. A cena da conversa de Thranduil com Thorin e aquele rosto queimado estranho ainda estão nessa edição. Não inclui material da edição estendida dos filmes.

 

THE HOBBIT EDIÇÃO DE DUSTIN LEE/ Edição de 4 horas da trilogia: 

LINK: http://www.maple-films.com/downloads.html

PONTOS POSITIVOS: O trabalho com o som e a imagem ficaram muito bons, dando o mesmo aspecto de coloração que O Senhor dos Anéis, dando assim uma sensação de continuidade entre as versões. Inclui o material da edição estendida dos filmes.

PONTOS NEGATIVOS: Azog ainda permanece nas cenas e muitas cenas poderiam ter sido removidas ainda permaneceram no filme. O filho do Bard ainda aparece para ajudar a matar o Dragão Smaug.

 

THE HOBBIT TWO HOUR FAN CUT

LINK: http://homework.never-ends.net/hobbitedit/

PONTOS POSITIVOS: É a edição que mais elimina o material desnecessário e se concentra na aventura de Bilbo Bolseiro.

PONTOS NEGATIVOS: Manteve a cena de Thranduil com o rosto queimado, cena das lagartas gigantes mantida. A música no final é do desenho animado de Ralph Baski e não combinou com a ideia do filme.

 

THE HOBBIT THE IRONFOOT EDITION

LINK: http://hobbitfanedit.wix.com/ironfoot

PONTOS POSITIVOS: Elimina as cenas desnecessárias de Tauriel e outras como as demais edições fizeram. A continuidade das cenas e o som também ficaram interessantes.

PONTOS NEGATIVOS: A ideia de dividir em dois filmes não parece ser interessante, já que o livro O Hobbit é apenas um volume. Essa é a única versão que fez essa divisão, que era na verdade o plano inicial do diretor Peter Jackson.

 

CONCLUSÃO:

Cada edição tem suas peculiaridades, com qualidades e defeitos. Certamente seria interessante uma edição mais reduzida como a de duas horas, porém retiradas as cenas que permaneceram e acrescentada as modificações da versão Bilbo Edition, e também incluindo a tonalidade das imagens da edição de Dustin Lee.

Talvez um dia a própria equipe dos filmes possa lançar uma versão editada do filme O Hobbit. Muitos fãs certamente ficariam gratos em ter um filmes realmente digno e que possa fazer justiça a uma das obras mais lidas pela humanidade. Mas no momento essa ideia ainda é remota.

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Diversas

“Operação Tolkien”, escritor do Hobbit é nome de operações militares e policiais

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Durante as filmagens de O Senhor dos Anéis, com direção de Peter Jackson, cerca de 300 soldados da Nova Zelândia foram designados pelo governo para auxiliar nessa empreitada. Esses soldados ficaram praticamente anônimos e não recebiam nenhum tipo de adicional por seu duro trabalho, apenas o salário do exército.

É costume entre os militares colocarem nomes nas operações que realizam. Nessa época foi escolhido o nome de “OPERATION TOLKIEN” e ficaram conhecidos como “LOTR Soldiers”, ou “Os soldados do senhor dos Anéis”.

O nome foi dado pelos soldados justamente por envolver uma operação relacionada aos filmes.Na camisa que esses soldados usavam estava escrito “OPERATION TOLKIEN, Trained in Middle Earth, Fought on Mt Doom, Campligned at the Gates of Mordor, Beyond to the Plains Rohan,” Traduzindo “Operação Tolkien, treinados na Terra-Média, Lutou na Montanha da perdição, Acampou nos portões de Mordor, Além das planagens de Rohan”. Como pode ser visto na foto abaixo:

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Em entrevista ao jornal The Sunday, o soldado britânico Dave Yeoman (foto acima) afirmou na época (2002) que trabalhar nos filmes foi mais difícil que as operações militares em Northern Ireland e nas Falkland Islands.

Recentemente, outra operação também ganhou o nome do professor Tolkien, também chamada “OPERATION TOLKIEN” entre os policiais do Reino Unido, em Londres.

O Reino Unido não considera crime a prostituição propriamente, mas condena a exploração sexual por meio de bordéis, solicitar serviços sexuais publicamente, aliciamento de pessoas para a prostituição, proxenetismo, etc.

Entre os meses de julho e setembro desse ano (2013) a “Operação Tolkien” realizou a prisão de mais de 40 pessoas que estavam envolvidos nesse tipo de crimes.  A lei britânica pune severamente quem recebe dinheiro por favores sexuais e quem paga também, especialmente quando essas pessoas estão nas ruas e em locais públicos.

Porque deram o nome de Operação Tolkien. Não sabemos ao certo, talvez porque o policial que deu esse nome a operação seja um leitor do professor Tolkien.

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Fonte: http://www.thisislocallondon.co.uk/news/10719347.Police_arrest_41_in_crackdown_on_Southall_kerb_crawling/

Fonte: http://www.legislation.gov.uk/ukpga/2009/26/contents#pt2-pb1-l1g14

Fonte: http://scrapbook.theonering.net/scrapbook/author/The_Sunday_Star-Times/view/3465?g=1&r=3&tn=48&ts=0

Eduardo Stark

Será que filmes sobre O Silmarillon vão ser bons?

by Eduardo Stark

Será que filmes sobre O Silmarillon vão ser bons?

 

Essa é uma dúvida que muitos fãs tem sobre uma possível adaptação para os cinemas do livro O Silmarillon de J.R.R.Tolkien. Como já visto em outras notícias, o filho de Tolkien responsável por cuidar dos direitos autorais das obras não pretende autorizar a feitura de qualquer tipo de adaptação sobre esse livro.

Grandes fãs dos livros, inclusive fãs dos filmes do Peter Jackson também, afirmam que uma adaptação do Silmarillon não seria viável, pois a história é muito complexa, ou ainda alguns sugerem que fosse feito um seriado etc.

Entendo que tudo isso não passa de um pensamento restritivo demais. Muitas pessoas diziam ao Peter Jackson que seria “impossível uma adaptação digna de O Senhor dos Anéis” ou ainda “como pode um diretor desconhecido, que produz filmes trash, vindo da Nova Zelândia fazer um filme de uma obra tão majestosa como o Senhor dos Anéis”. Outros ainda diziam que a tecnologia daquela época era limitada demais para se fazer, por exemplo, um Balrog correspondente aos livros etc. Muitos apostaram contra Peter Jackson.  Até mesmo várias empresas deixaram de apoiar o projeto porque não viam a possibilidade disso dar certo. E o resultado¿ bem todos nós já conhecemos…

Isso me lembra o pensamento de Gandalf… que costumo sempre repetir toda vez que faço um pré julgamento de algo: “Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados” (Senhor dos anéis, a sociedade do anel, livro I, Capitulo II).

Me apreendo justamente nessa frase: “… mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados”.  Nessa simples frase vemos a sabedoria de Gandalf em nos advertir de que ninguém é senhor do futuro, ninguém é senhor do conhecimento. Então não podemos julgar algo sem termos o pleno conhecimento a respeito.

Da mesma forma é o que penso sobre o filme do Silmarillon. Não podemos dizer que será um filme horrível sem ao menos conhecer quem está dirigindo (mesmo que seja um diretor totalmente desconhecido). Não podemos julgar sem antes ver e conhecer algo concreto. Ou seja, não se pode fazer um julgamento sem ao menos ver o filme pronto.

Entendo que um filme baseado no Silmarillon seja plenamente possível.  Não apenas um filme, mas pelo menos quatro filmes. Sendo o primeiro filme narrando a história de Feanor, outro para Beren e Luthien; um terceiro para contar a história de Turin Turambar e por último um filme sobre a história de Tuor e seu filho Earendil. Essas quatro histórias são a essência das histórias do Silmarillon. E creio que merecem uma adaptação cinematográfica.

Em uma época posterior aos filmes de O Hobbit, onde as possibilidades tecnológicas serão muito maiores do que as de hoje, fazer um exército de Balrogs, dragões, orcs, wargs, morcegos gigantes e outras criaturas (com uma alta carga de realismo) não será um grande obstáculo.

Grande parte dos leitores brasileiros deixam de ler O Silmarillon por considerar o livro muito carregado de informações (nomes, geografia, histórias complexas etc).  Com os filmes do Silmarillon ocorreria o que aconteceu com o Senhor dos anéis e o Hobbit, os fãs (novos e antigos) passariam a buscar ler e entender com mais intensidade a obra de Tolkien.

Será a nova abertura a novos fãs de outra geração… completando esses ciclo de filmes que vimos nessas duas primeiras décadas do século XXI.

Enquanto uma grande empresa não pode assumir a direção de filmes sobre O Silmarillon, em razão das questões de direitos autorais com a família Tolkien. Resta a nós fãs esperarmos o tempo passar e nos contentarmos com nossas próprias produções sem fins lucrativos. 

Muitos fãs também se empenham em fazer os roteiros dos possíveis filmes baseados no Silmarillon, como o Script da queda de Gondolin (Aqui).Há ainda um site exclusivo para discussões sobre o filme o Silmarillon (http://silmfilm.proboards.com/) e que apresenta até formas de scripts para os filmes e discussões calorosas sobre as falas dos personagens. Você pode ver ainda um filme curto baseado na história de Beren e Luthien, que narra a história desse amor em um tempo cheio de discórdias e do grande mal:

 

O Silmarillon adaptado aos cinemas, portanto é inevitável. Seja antes de 2043, seja depois de 2043. Talvez nem estejamos vivos quando O Silmarillon for aos cinemas com uma grande produção… Mas isso é inevitável. Se os filmes vão ficar bons ou não essa é outra história…

 

Eventos

Feliz Ano Novo! Muitas novidades pela frente…

 

Prezados amigos,

 

Hoje é dia 01 de janeiro de 2013 é considerado um feriado mundial. Onde todos estão descansando das festas e se preparando para o novo ano. Mas o site Tolkien Brasil não para, pois estamos sempre buscando oferecer a vocês o que há de melhor na internet em relação a Tolkien.

Desde que esse site se iniciou tivemos grandes alegrias e recepção de muitos fãs das obras do professor e dos filmes de Peter Jackson. Nos sentimos privilegiados por tentar contribuir com a educação no Brasil, no sentido de buscar incentivar a leitura de obras de fantasia, em especial do professor Tolkien.

Buscamos fazer diversas parcerias que pudessem trazer algum beneficio ao público fã de Tolkien no Brasil. Desde o inicio sempre estamos de portas abertas para acolher todas as pessoas que queiram contribuir com o nosso site, independentemente do nível de escolaridade ou classe social, econômica, gênero, orientação sexual, cor, credo etc.

O lema de nosso site é basicamente “ser fã e ter boa vontade”. Com base nessas duas premissas ou parâmetros é que estamos sempre apoiando todas as iniciativas relacionadas a Tolkien no Brasil, embora exista ainda quem não se sente a vontade com o nosso surgimento e o grande crescimento alcançado em tão pouco tempo.

Seguimos basicamente um conselho que o Tolkien colocou na fala de Gandalf  “Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados” (Senhor dos anéis, a sociedade do anel, livro I, Capitulo II).

Essa fala não diz respeito apenas ao fato de decidir sobre tirar ou não uma vida. Mas basicamente como se comportar em relação as pessoas. Entendo que não se pode descartar nenhuma possibilidade de amizade ou de alguma boa vontade em querer contribuir com algo que se acredita ser bom, pois ninguém consegue ver todo o quadro da vida. Ninguém pode julgar sem conhecer ou sem buscar conhecer a pessoa ou as pessoas.

Observando esse ensinamento, e tantos outros que os livros do professor consegue nos ensinar, que conseguimos uma grande projeção nesse meio. A começar pelo grande número de visitas diárias em nossas páginas e todo o nosso conteúdo por pessoas do Brasil e de todo o mundo.

O acolhimento de vocês é muito importante para toda a equipe do site. Pois o site é justamente voltado para vocês que desejam sentir um pouco mais os ares da terra média. Para você que fica ansioso quando sai uma novidade interessante sobre o filme. Para você que se questiona sobre o que Tolkien quis dizer com tal palavra, em tal parágrafo, de algum de seus livros. Para você que compra o ingresso dos filmes do hobbit com o máximo de antecedência possível. Para você que se veste de personagens da terra média em encontros.

E TAMBÉM para você que nunca ouviu falar na vida sobre Balrogs terem ou não asas. Ou que nunca leu nenhum livro de J.R.R.Tolkien (e que nunca tinha ouvido falar nesse senhor). O site também quer agregar novos fãs. Que acabaram de sair dos cinemas e se encantaram com o filme O Hobbit, uma jornada inesperada e querem saber um pouco mais sobre aquilo tudo.

Em resumo, para todos que se interessam por Tolkien SINTAM-SE EM CASA NESSE ANO DE 2013. Mas esta não é uma casa comum. É uma casa amiga dos elfos em que você pode repousar após um dia cansado do trabalho, da escola e da vida cotidiana. Aqui será o seu portal para um pouco mais sobre a terra média e sobre como a capacidade humana de imaginar pode nos fazer pessoas melhores.

Então, sintam-se a vontade em comentar, divulgar, curtir, compartilhar, reclamar, conversar e aproveitar do nosso site. Pois este é feito para você.

 

E para 2013 teremos muitas novidades. Tanto na estrutura do site, quanto ao conteúdo.Poem esperar coisas muito interessantes e que vão certamente agradar a todos vocês.

Nós da equipe Tolkien Brasil desejamos um feliz ano novo e que esse ano seja muito especial.

 

Obrigado a todos pelas visitas.

 

Namárië

Eduardo Stark

 

Resenha de Livro

O Silmarillion por Natallie Alcantara

 

A blogueira Natallie Alcantara, de Belém-PA, mais uma vez contribui com uma resenha de um dos principais livros do professor Tolkien para publicação em nosso site.  Dessa vez contamos com o terceiro livro da trilogia do Anel. Agrademos ao bom trabalho dessa jovem escritora e recomendamos o blog dela: http://meucantinholiterario.blogspot.com.br

 

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           O Silmarillion (The Silmarillion)

 

Ainulindalë (A Música dos Ainur)

            Ilúvatar criou os Ainur a partir de seu pensamento e lhes propõe três temas musicais para desenvolverem. À medida que os Ainur vão desenvolvendo sua música, vão conhecendo a si próprios e aos demais. Durante a Criação, um dos Ainur, Melkor, decide desenvolver seu próprio tema, entrando em dissonância com a sinfonia geral; Ilúvatar mostra então aos ainur que seu canto plasmou Ëa e Arda.

            Valaquenta (O Relato dos Valar)

            Aos Ainur, Ilúvatar estabelece que aqueles que desejassem assumir uma forma corpórea assim poderiam fazer, e poderiam habitar Arda e desenvolvê-la. Os que assim fizeram ficaram conhecidos como os Valar, e são Melkor, Manwë, Ulmo, Aulë, Námo, Irmo, Tulkas, Oromë, Varda, Yavanna, Vairë, Estë, Nienna, Nessa e Vana. Esse período inicial do mundo é conhecido como a Primavera de Arda, quando o mundo começava a se desenvolver e os Valar viviam em Almaren.

            A Primeira Guerra entre os Valar e Melkor ocorre, pois Melkor, irmão de Manwë na Criação e um dos mais poderosos, era movido pela inveja e tinha como objetivo principal destruir os belos feitos de seus pares, criando suas próprias criaturas. Melkor destrói as duas luminárias da Terra-média, Illuin ao norte e Ormal ao sul, mergulhando-a na escuridão.

            Os Valar partem para Aman, no Extremo Ocidente, e passam a viver em Valinor. De lá, eles preparam a Terra-média para os Filhos de Ilúvatar, os Primogênitos e os Sucessores. Aulë, no entanto, impaciente para ver a terra povoada, cria os anões sem a permissão de Ilúvatar. Ao descobri-los e não encontrando neles malícia, Ilúvatar os deixa viver, mas os mergulha em um sono do qual só acordariam após o nascimento dos Primogênitos.

            Os Primogênitos ou Elfos nascem em Cuiviénen, no tempo da Escuridão da Terra-média, época que o domínio de Melkor prevalecia, desde sua fortaleza em Utumno, no norte da Terra-média. Desencadeia-se a Segunda Guerra dos Valar contra Melkor, na qual os Valar saem vitoriosos. Sua fortaleza é destruída e Melkor é levado cativo para Valinor, onde é condenado a ficar preso por três Eras dos Valar.

            Quenta Silmarillion (A História das Silmarils)

            Oromë traz os elfos para Valinor, mas nem todos aceitam partir: estes são os Avari. Os Vanyar e Noldor e parte dos Teleri atravessam o Grande Mar, mas o restante destes permanece em Beleriand. Elu Thingol, rei dos teleri, se casa com a Maia Melian e se estabelece em Doriath. Ingwë, rei dos vanyar, reina junto a Manwë, enquanto o rei noldor Finwë se estabelece em Tirion e o rei teleri Olwë, em Alqualondë.

            Finwë se casa com Miriel e eles têm um filho, Fëanor. Miriel não sobrevive muito tempo após o seu nascimento, e Finwë se casa novamente. De sua união a Indis, nascem Fingolfin e Finarfin. O cativeiro de Melkor chega ao fim e ele é perdoado pelos Valar, com a condição de permanecer em Valinor.  Melkor, mais invejoso do que antes, arquiteta uma vingança, aproximando-se dos noldor.

            Fëanor cresce e se torna o mais habilidoso lapidador de jóias. Ele lapida as silmarils, colocando nas gemas as luzes preciosas das Árvores de Valinor, Telperion e Laurelin. Fëanor passa a cobiçar mais do que tudo as gemas e suas intrigas levam Fëanor a ameaçar seu irmão Fingolfin. Julgado pelos Valar, ele é condenado ao degredo em Formenos.

            Quando as maquinações de Melkor são descobertas, ele se une a Ungoliant, uma aranha gigante, e destrói as Duas Árvores. Yavanna propõe que se salve o que restou das luzes, agora presas nas silmarils, mas Fëanor se opõe. Nesse ínterim, Melkor mata Finwë e rouba as pedras. Louco de pesar, Fëanor jura perseguir qualquer valar, elfo ou homem que detivesse as silmarils.

            Esse juramento faz com que caia sobre ele e seus filhos a maldição de Mandos. Ele convoca os noldor para fora de Aman e é seguido pelos seus meio-irmãos. Em busca de barcos, Fëanor mata seus parentes teleri. Finarfin desiste da fuga quando percebe que o juramento feito por Fëanor começa a pesar sobre eles. Seus filhos continuam seguindo Fëanor, assim como Fingolfin.

            Enquanto isso, Lúthien Tinúviel, a única filha de Thingol e Melian, nasce no reino de Doriath. De Telperion nasce uma flor prateada, de Laurelin, um fruto de ouro. Os Valar colocam-nos em dois barcos, dirigidos por dois Maiar: o caçador Tilion conduz Isil (a Lua) e a donzela Arien conduz Anar (o Sol), e quando o Sol aparece pela primeira vez, os Sucessores  ou Homens nascem na Terra-média.

Já na Terra-média, Fëanor morre numa emboscada e Fingolfin se torna soberano dos noldor. Os elfos começam a se estabelecer seus reinos. Após 300 anos de sua chegada, Finrod encontra os Homens ou Sucessores. Existiram três Casas de Homens: a da casa de Bëor, o Velho, a de Marach e a de Haldad. Unidas aos noldor, fecha-se o cerco a Melkor.

            Nas florestas de Neldoreth, Beren, da casa de Bëor, vê Lúthien dançar e cantar e se apaixona por ela. Um dia, consegue alcançá-la e ela se apaixona por ele. Levados até Thingol, o rei promete a filha em casamento para Beren se ele conseguir recuperar uma das silmarils da coroa de ferro de Melkor. Beren realiza o feito, mas perece na jornada.

            Lúthien se desespera e ambos vão para as mansões de Mandos, onde recebem a chance de retornar ao mundo. Lúthien escolhe viver como mortal junto a Beren. Eles se estabelecem em Beleriand e tem um filho, Dior. Ele tenta estabelecer o reino de Doriath após a morte de Thingol, mas os filhos de Fëanor reivindicam a silmaril que Beren resgatou e matam Dior. Sua filha Elwing foge com a jóia.

            Enquanto isso, Tuor é encarregado pelo próprio Ulmo, de levar uma mensagem a Gondolin para salvar os noldor restantes. Ele se casa com Idril e dessa união nasce Eärendil. Mas Melkor finalmente alcança e destrói Gondolin. O rei Turgon morre, enquanto Tuor lidera o resto dos noldor por uma passagem secreta. Mais tarde, Elwing, filha de Dior, se casa com Eärendil.

            Em busca do perdão dos Valar, ele parte pelos mares do Ocidente. Quando Maedhros e Maeglor, os filhos de Fëanor restantes, capturam seus filhos Elros e Elrond em busca da pedra, Elwing se atira no mar com ela. Salva por Ulmo, ela acompanha Eärendil na forma de um cisne. Ambos intercedem junto aos Valar, que decidem marchar para a guerra definitiva. Destroem Melkor e recuperam as pedras.

            Sempre com o peso do juramento feito ao pai de recuperar as Silmarils, Maedhros e Maeglor se apoderam das jóias. Mas as pedras lhes ferem. Assim, eles encontram seu fim e as pedras passam a pertencer aos três elementos: uma no céu com Eärendil, uma na terra quando Maedhros se atira num abismo e outra no mar, atirada por Maglor.

            Akallabêth (A Queda de Númenor)

            Após a queda de Melkor, os Valar convocam os eldar para retornar ao Oeste. Aqueles que atenderam ao chamado foram morar na Ilha de Eressëa. Nessa ilha, está o porto de Avallónë, a cidade mais próxima de Valinor. Aos ancestrais das três casas fiéis dos homens, foi criada uma terra, nem parte da Terra-média, nem parte de Valinor. Essa terra foi chamada por eles de Númenor.

            Aos meio-elfos, os Valar deram poder de escolha entre ser eldar ou edain. Elrond opta pela imortalidade e Elros, pela mortalidade. Gil-Galad funda Lindon e os Portos Cinzentos, enquanto Círdan, Elrond e Celeborn e Galadriel se dirigem para o sudeste. Os descendentes das três Casas dos Homens se dirigem para Númenor e passam a constituir o povo dos Dúnedain, governados por Elros.

            Aos númenorianos, os Valar também impuseram, além da mortalidade, a proibição de navegar para as Terras Imortais. Sob o governo de Elros Tar-Myniatur, os númenorianos tornaram-se um povo poderoso, reinando em Armenelos. Na época do rei Tar-Minastir, os homens começaram a invejar a imortalidade dos elfos e a rebelar-se contra a Interdição dos Valar.

            Os reis começam a se apegar a vida mesmo depois do fim da alegria e da perda da inteligência e virilidade; sua soberba, ambição e o apego à vida crescem com o passar do tempo, ao mesmo tempo em que sua longevidade diminui. Sob o reinado de Tar-Ancalimon, o reino se dividiu, entre os Homens do Rei e os Elendili, os Fiéis amigos dos elfos. Nessa Era, Sauron volta a se erguer na Terra-média.

O desejo de grandeza de Ar-Pharazôn o leva a enfrentar Sauron. Mas este é ardiloso e se torna o principal conselheiro real. Ele consegue fazer com que o rei derrube a Árvore Branca, Nimloth, e também declare guerra aos Valar. Amandil, um dos Fiéis, se desespera e resolve repetir o feito de Eärendil, intercedendo junto aos Valar. Ele prepara o filho Elendil, despede-se e zarpa.

Elendil e seus seguidores embarcam com eles objetos de beleza e poder, mas não atendem ao chamado do rei. A frota real chega a Aman e reivindica a posse da terra. Manwë invoca Ilúvatar e os Valar renunciam a sua autoridade sobre Arda. Então Ilúvatar abre no mar um precipício entre Númenor e as Terras Imortais e a esquadra real é arrastada para o abismo.

            As tempestades trazem grandes ondas, que arrastam Númenor para as profundezas. Mas Elendil e seus filhos, fosse ou não devido ao sucesso de Amandil, foram poupados da destruição. O vento forte lançou suas embarcações em direção à Terra-média. Sauron, surpreso com a ira dos Valar, se esconde em Mordor. Os  sobreviventes fundaram reinos na Terra-média. E Númenor desaparece para sempre.

            Dos Anéis do Poder e da Terceira Era

            Após a derrota de Melkor, Sauron, perturbado com a ira dos Senhores do Oeste, repudiou todos os seus atos maléficos. Dono de uma língua ardilosa, seus conselhos começam a ser ouvidos. Nessa época são forjados os anéis de Poder, enquanto secretamente ele forja o Um Anel na Montanha da Perdição, o qual deveria governar todos os anéis élficos.

            Percebendo isso, os elfos conseguem salvar os três mais poderosos, Narya, Nenya e Vilya. Os anéis que consegue recuperar, Sauron distribui nove para os reis homens e sete para os anões. Elendil e seus filhos Isildur e Anárion fundam reinos em Arnor e Gondor. Dentre os tesouros salvos da destruição de Númenor estão as Sete Pedras, os Palantír, e a Árvore Branca, nascida de Nimloth

            Quando Elendil e Gil-Galad formam a Última Aliança, marchando para o leste com um imenso exército, o próprio Sauron se apresenta. A espada de Elendil, Narsil, quebra quando ele tomba, mas Sauron também é derrubado, pois com o toco da espada, Isildur arranca o Um Anel de sua mão, derrotando-o. Ele planta em Arnor a muda da Árvore, mas não destrói o Anel, o que lhe custa a própria vida.

            A linhagem dos reis é interrompida. O Anel desaparece do conhecimento de todos e Gondor acaba decaindo. Os nazgûl reaparecem, Minas Ithil em Arnor ficou deserta, Minas Anor em Gondor resistia e recebe o nome de Minas Tirith, onde a Árvore Branca ainda florescia, os regentes da Casa de Mardil assumem o governo do território, e os rohirrim passam a habitar a terra de Rohan.

Mas ainda existia beleza na Terra-média. Elrond mantinha Valfenda, Galadriel e Celeborn mantinham Lórien e nos Portos Cinzentos vivia um remanescente do povo de Gil-Galad. Mas as sombras começam a ser percebidas, deixando alerta Gandalf o Cinzento, que irá lutar ao lado dos inimigos de Sauron até sua destruição total e fará com que o último herdeiro de Isildur assuma o trono de Gondor.

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre Filmes

Peter Jackson, Boyens e Richard Armitage falam sobre o segundo filme de O Hobbit

Em rápida entrevista dada ao site http://www.vulture.com. O diretor Peter Jackson e Phillypa Boyes falam sobre as filmagens do segundo filme de O Hobbit.
 “Ótima história contada!” diz Boyens, quando perguntamos porque não vimos Thráin, pai do  líder dos anões, Thorin Escudo de Carvalho e um dos portadores de um Anel de Poder, que ganhou de Gandalf um mapa e uma chave. (Gandalf tinha encontrado Thráin próximo de morrer em Dol Guldur) “Nós tínhamos tentado colocar no início desse filme, e então mudamos,” ela diz. Isso significa que veremos esse momento em um flashback ou prólogo de A Desolação de Smaug? “Sim, será muito importante que façamos isso. Encontraremos Thráin, e talvez seja em circunstâncias infelizes. E pode envolver tortura. A descoberta de quem ou que está em Dol Guldur” i.e., Sauron, conhecido apenas neste ponto como o Necromante – “é uma parte fantástica dessa história, então, sim, é claro que fomos lá.”
Há um grande potencial, não?” Jackson brinca. “Você nunca sabe o que já foi filmado. Mas certamente existe muito material, e faremos um bom uso dele.” Jackson diz que acabou de editar A Desolação de Smaug (“Nós filmamos, cortamos e apenas precisamos refiná-lo”) e antecipa um trailer no meio do próximo ano. Lá e de Volta Outra Vez tem mais escrita e filmagem pela frente, incluindo a cena da Batalha dos Cinco Exércitos. “Não quero dar mais nenhum spoiler,” diz ele, “ vocês vão ter esperar mais um ano ou dois!”

 

 

Em entrevista concedida a revista Empire, o ator Richard Armitage (que interpreta o personagem o Thorin Escudo de Carvalho) confirmou que haverá novas filmagens da batalha dos cinco exércitos e mais filmagens por mais 10 semanas.“A batalha foi adiada para o ano que vem felizmente. Era algo que ninguém queria nem pensar, pois prevemos 10 (dez) semanas de filmagens intensas nessa batalha extensa, em que cada um de nós terá seu momento heróico no campo de batalha. Haverá uma luta delirante no ar (com águias enfrentando morcegos gigantes) e no chão. Mal posso esperar para ver o que Peter vai fazer com tudo isso”, disse.

Tradução: Susane Soares.

Fonte1: http://www.vulture.com/2012/12/where-was-gandalfs-backstory-in-the-hobbit.html

 

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TOLKIENCAST 05 – Fãs, Fanáticos, meninas histéricas e Tolkien é para crianças!?

 

Nesse podcast falamos sobre os diversos comportamentos dos fãs (não apenas de Tolkien, mas de uma forma geral), sobre essas atitudes estéricas das fãs de crepúsculo.

Desejem o aniquilamento (e muitas machadadas) de Clinton Davisson ao afirmar que todas as obras de Tolkien são para crianças (até mesmo o Silmarillon poxa vida!).

Entenda porque Eduardo Stark acha o mundo de Tolkien muito mais complexo e mais acadêmico do que o mundo de harry potter.

E rápidos comentários sobre o filme O Hobbit, afinal falta poucos dias para a estréia.

Participam desse podcast:

Eduardo Stark, Susane Soares (Paraná). Com a participação especial de Clinton Davisson (Rio de Janeiro) e Raoni Dantas (Maranhão).
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Para fazer o Download basta clicar com o botão direito em salvar como AQUI.

 

 

Para as fãs de Crepúsculo, o Eduardo Stark citou esse video AQUI.

 

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